PONTO FINAL
O próprio título deste espaço fazia logo entender que ele era a prazo.
Infelizmente, não podemos finalizar com as palavras de júbilo que sonhávamos.
Ainda assim, aos nossos rapazes, por permitirem um pouco do reunir da família azul, por nos fazerem sonhar, por aqueles 30 minutos de doce ilusão desde a bola de Dady na barra até ao golo fatídico, por nos terem feito sentir a vitória ao alcance da mão, pelas lágrimas que choraram no fim, pela garra e pelo esforço, por terem sido dignos de um grande clube como o Belenenses... o nosso obrigado.
Estes quase 3 meses deram para ver ou confirmar muita coisa. Há silêncios e omissões que dizem muita coisa e são imperdoáveis.
O Belenenses é um clube estranho. Apaixonadamente amado, até às lágrimas e à heroicidade, por uns, é continuamente mal-amado e traído por outros (como esteve à vista no Jamor). Assistimos a coisas inenarráveis e inconcebíveis. Calamo-las por amor ao clube e respeito aos princípios que enunciámos.
Entre outros males, as vaidades, invejas, faltas de respeito e de auto-estima, e uma contínua despreocupação com a imagem, com a comunicação e com a importância dos adeptos genuínos e a sua paixão, impedem o seu progresso e o seu ressurgimento em força, como ainda é possível.
Felizmente, há sempre alguém que resiste. E as raízes do Belenenses são resistentes e tenazes, apesar da árvore se ter ressequido ao longo dos tempos. Se não a conseguirmos fazer reflorescer, ao menos não a deixemos morrer.
Mesmo mirrada até ao osso, ainda há uma nação futebolística chamada Belenenses, espalhada por todo o país e pelo mundo. Ainda há grandes heróis, ainda há grandes focos e escolas de belenensismo. É essa a esperança a que nos temos que agarrar.
VIVA O BELENENSES!